domingo, 9 de fevereiro de 2014

Décima… Alentejo meu tesouro


 
Mote.

Há tanta ideia perdida
Nos campos de trigo ouro
Vasta planície com vida
Alentejo meu tesouro

Por entre vales e serras
Chaparros e azinheiras
Sobreiros e velhas eiras
Contidos em farta rima
Entre memória com história
A planície embriagada
Nas rimas de triste fado
Canta aqui e acolá
Quase sempre ao deus dará.
Há tanta ideia perdida!!

Assim os dias vão passando
Na letargia de um ribeiro
O seu povo verdadeiro
Alegre cantarolando
Modinhas que são besouro
Que elevam os sentidos
No vento com seus gemidos
A saudade é bebedeira
Triste namoradeira
Nos campos de trigo ouro

Velhos de cabelo branco
Jovens de esperança viva
Esta terra está cativa
Presa em fundo barranco
A alma de todos nós
Moinhos de tantas Mós
Em grupo ou mesmo sós
O trigo lá vão moendo
Em quadras que vão escrevendo
Vasta planície com vida

Por agora eu termino
Ao cantar que a voz me doa
Alentejo me perdoa
Este meu jeito franzino
Venho da casta de um mouro
Que um dia caiu do vento
Plantou aqui seu rebento
Por entre o barro vermelho
Hoje no céu como um espelho
Alentejo meu tesouro.


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Aldeia da Luz


ALDEIA ALENTEJANA!
ÉS TU A SACRÍFICADA.
VAIS DEIXAR DE EXISTIR!
MAS SERÁS SEMPRE RECORDADA!

...MINHA ALDEIA DA LUZ!
TENHO DE ABANDONAR-TE!
OUTRA ALDEIA NÃO SEDUZ!
SOU OBRIGADA A DEIXAR-TE!

UMA NOVA ALDEIA FIZERAM!
PARA LÁ EU IREI VIVER.
COM TEU NOME A BAPTIZARAM!
MAS A TI JAMAIS VOU ESQUECER.

MUITAS PESSOAS TE VÊM ADMIRAR.
ÉS MAGESTOSA,ÉS UMA RAINHA!
PORQUE NÃO PODES AQUI FICAR?
MINHA ALDEIA PEQUENA,BRANQUINHA!

SUBMERSA NAS ÁGUAS DO ALQUEVA!
PORQUE O ALENTEJO PRECISA DE ÁGUA!
A SAUDADE A BARRAGEM NÃO LEVA!
MEU CORAÇÃO CHORARÁ DE MÁGOA.

ALDEIA DA LUZ SUBMERSA!
SÓ ME RESTA A CONSOLAÇÃO.
QUE UM DIA AQUI VIVI!
VIVI... DE ALMA E CORAÇÃO!

Leo Marques

domingo, 13 de junho de 2010

Monsaraz tens um castelo


Nas varandas
Que de ti demandam
Vislumbro o mundo inteiro

Vejo o Alqueva
Nos braços do Guadiana
Em traços do infinito

Sorri Mourão
No altar do seu castelo
Com Espanha ali ao lado

Aquelas aragens brandas
Que em ti jamais mandam
Refrescam-te do teu braseiro

Em ti nada enerva
A acalmia que de ti emana
Na beleza de que és perito

No alto da imensidão
Tens também teu castelo
No teu retrato aprumado

És património do mundo
Que a teus pés se ajoelha
Perante um solo fecundo
E um som por trás da orelha
Jamais se fica moribundo
Por baixo da tua telha



António MR Martins

2010.06.13

P. S. - Uma pequena dedicatória a uma terra alentejana que muito gosto.

sábado, 12 de junho de 2010

Compadre


Tantos compadres eu tenho
Amigos sim, outros não
Que o Alentejo é tamanho
De muita côdea de pão

De porco preto ou do branco
Como bebo do bonzinho
Não sou racista nem santo
Nem coirato de toucinho

De moros e cristianos
De dois lhe chamam baião
Noutras terras há muitos anos
Ao nosso arroz e feijão

Coisa que eu não sei fazer
Bailar bem o corridinho
Só se alguém me oferecer
Uma malga de bom vinho

José Brás

Alentejo




ALENTEJO PLANÍCE DOURADA.
COM TEUS CAMPOS FLORIDOS.
OUTRA BELEZA NÃO HÁ IGUAL!
...ÉS PINTURA DA NATUREZA.
QUE TEM O NOSSO PORTUGAL.

QUANDO CHEGA A PRIMAVERA
COMO É BELO O QUE VEJO.
SÃO AS CORES DO ARCO IRIS
CORES DO NOSSO ALENTEJO

ALENTEJO É UMA AGUARELA.
QUE DEUS MANDOU PINTAR!
É DAS TELAS MAIS BELAS,
QUE SE PODE ADMIRAR.

ALENTEJO TUAS VILAS E ALDEIAS,
são COM PINTURA ORIGINAL
CASAS DE BRANCO E AZUL CAIADAS
NOUTRA REGIÃO NÃO HÁ IGUAL.

Leo Marques

À procura de um poema




À procura de um poema
Percorri sete partidas
Naveguei por sete mares...
...Será que valeu a pena?
Que vale a pena lutar?
Poucas respostas sabidas
Medrança no perguntar.
Quem quiser vida sonhada
Muito deve caminhar
E quem procura poemas
Nunca mais irá parar.
Mas será que vale a pena?
Que vale a pena lutar?
Poucas respostas sabidas
Medrança no perguntar.

( Francisco José Lampreia )